O que você consome está consumindo você?
Soterrados de conteúdos que não nos agregam, já estamos sentindo os impactos cognitivos e emocionais do consumo desenfreado das redes. Quais os caminhos para encontrar o equilíbrio?
Foco e distração, dois estados mentais essenciais, estão sendo subvertidos pela lógica redes sociais. Em vez de nos concentrarmos no que realmente importa, somos guiados a focar no que é superficial e, muitas vezes, prejudicial. Ao mesmo tempo, nossa capacidade de distração saudável, aquela que nos recarrega e renova, é minada por um fluxo incessante de informações que nos sobrecarrega.
Vivemos em um paradoxo: estamos focados no que não nos faz bem e distraídos demais para prestar atenção ao que é necessário. Essa inversão dos papéis cria um ciclo de exaustão mental, no qual não conseguimos nem um foco verdadeiro, nem uma distração de qualidade. Como podemos, então, resgatar o equilíbrio necessário para nossa mente prosperar?
O que está acontecendo com a sua mente: brainrot e a perda cognitiva
Você já percebeu como o consumo constante de conteúdo superficial nas redes sociais afeta sua capacidade de se concentrar, de pensar criticamente e até de lembrar informações importantes? Esse fenômeno tem um nome: brainrot, ou "podridão cerebral". É uma condição que está se tornando cada vez mais comum à medida que nos expomos a quantidades massivas de conteúdo raso e repetitivo.
Desde que o brainrot começou a ser estudado em 2007, especialistas notaram que o excesso de informações superficiais pode prejudicar seriamente nossa função cognitiva. Em vez de nos engajarmos em atividades que estimulam o pensamento profundo e a análise crítica, estamos condicionados a consumir conteúdo que exige pouca ou nenhuma reflexão. Isso, por sua vez, enfraquece nossa capacidade de manter o foco, de tomar decisões informadas e até mesmo de reter conhecimento.
Os efeitos vão além do impacto imediato na atenção e na memória. A longo prazo, essa exposição constante ao conteúdo raso pode contribuir para o desenvolvimento de problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e insônia. O brainrot cria um ciclo vicioso: quanto mais consumimos esse tipo de conteúdo, mais nossa mente perde a capacidade de processar informações complexas, e mais dependentes nos tornamos de estímulos rápidos e superficiais.
Recuperando o controle: como usar as redes sociais de forma saudável
Embora os efeitos do brainrot sejam preocupantes, vale lembrar que você tem o poder de moldar seu comportamento e proteger sua saúde mental. Não é necessário abandonar completamente as redes sociais; em vez disso, o segredo está em aprender a usá-las de maneira mais consciente e seletiva.
Uma das estratégias mais eficazes é o unfollow terapêutico. Esse conceito envolve deixar de seguir perfis e conteúdos que não contribuem positivamente para o seu bem-estar e crescimento pessoal. Ao fazer deixar de seguir essas contas, você está priorizando aquilo que realmente importa e criando um ambiente digital mais saudável.
Essa prática é um exercício de autoconhecimento e inteligência emocional. Ao estabelecer limites claros no que você consome, você reforça sua capacidade de manter o foco no que é essencial e evita a sobrecarga mental causada pelo excesso de informações inúteis.
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Leitura profunda: a reconexão com o foco e o imaginário
Em um mundo saturado de informações superficiais e estímulos incessantes, a leitura é uma poderosa ferramenta de resistência e reconexão. No passado, Aristóteles já reconhecia a educação e o conhecimento como pilares da sociedade, defendendo que nossas virtudes, cultivadas pelo hábito, são a fonte da verdadeira felicidade. Hoje, os livros seguem como fonte inesgotável de conhecimento e, em tempos de hiperconexão, nos ajudam a reconstruir nossa capacidade de foco, expandir repertório e resgatar o poder do imaginário.
Ao nos dedicarmos à leitura profunda, usamos nossa mente de forma completa e complexa, algo que a neurocientista Maryanne Wolf enfatiza como essencial para o desenvolvimento cognitivo. Diferente do consumo de conteúdo rápido e superficial, que fragmenta nossa atenção, a leitura profunda nos permite mergulhar em ideias, personagens e narrativas, envolvendo nossa mente em um estado quase meditativo.
Livros clássicos, como os títulos escolhidos para o nosso Clube de Leitura, exigem esse tipo de leitura. Quando nos engajamos com eles, nossa imaginação floresce, o pensamento crítico se fortalece e a tomada de decisões se torna mais ponderada e eficaz. Além disso, esse hábito prepara nossa mente para se reconectar com atividades que demandam alta concentração e foco, algo que a vida online muitas vezes nos rouba.
Criar o hábito da leitura profunda é uma forma eficaz de reestabelecer essas capacidades cognitivas. E fazer isso em grupo pode ser um incentivo a mais nesse processo: ao ler e discutir obras em conjunto, você amplia seu repertório, enriquece sua visão de mundo e solidifica um hábito que resgata o foco e nutre a mente.
Faça parte do Clube de Leitura Lousa, um grupo de leitores ávidos por conhecimento que busca ampliar sua visão de mundo a partir da discussão de clássicos. Nossos encontros são online e acontecem nas sextas-feiras à tarde, a partir de um cronograma previamente estabelecido. Vem comigo?
Herança na mira da reforma: como o novo texto do PLP 108 afeta o planejamento sucessório
No dia 13 de agosto, a Câmara aprovou o texto-base do PLP 108, segundo projeto de lei complementar que irá regulamentar a reforma tributária e um dos pontos tratados tem relação e impacto no planejamento sucessório. A partir da implementação da reforma, há definição de cobrança de Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) sobre planos de previdência privada, como PGBL e VGBL, e mudança do momento da incidência do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
Na prática, vai existir uma isenção de ITCMD aos investidores que ficarem mais de cinco anos no VGBL, a contar da data do aporte,e isenção para planos de previdência securitizado. Mas para o PGBL, essa isenção é inaplicável e a tributação ocorrerá independentemente do prazo de permanência dos investimentos. O novo texto também estabelece que será opcional para o contribuinte a antecipação do pagamento do ITBI para que o imposto incida na formalização da escritura pública no Registro de Imóveis.
O principal foco dessa mudança é o planejamento tributário na sucessão dos bens. A ideia é que, com a alteração, não haja caminhos para fugir da tributação sobre herança, mesmo com um plano pré-estabelecido.
Será? Onde estão as fragilidades desse texto? Já é possível ver pauta para discussão judicial?
Vamos responder tudo isso na imersão Os impactos da reforma tributária nos planejamentos sucessórios, um encontro ao vivo e online que acontecerá no dia 02 de setembro, às 19h. Eu e o professor Pablo Arruda estaremos juntos e vamos entregar uma visão estratégica e muitas oportunidades com possibilidade de aplicação imediata.
Mais um passo rumo à implementação
Com o avanço da regulamentação no Congresso, damos mais um passo decisivo para a implementação da reforma e nos deparamos com novas oportunidades e desafios. Por isso, é importante que, como profissional do Direito, você esteja por dentro de todas as movimentações e, claro, de todas as transformações que estão em curso em nosso sistema tributário.
No curso Reforma Tributária da Lousa, você terá a chance de explorar em detalhes cada novo artigo e movimento da reforma, com acesso a aulas online ao vivo e gravadas, ministradas por mim e por outros especialistas renomados do mercado. Além disso, uma seleção de conteúdos complementares garantirá que você esteja preparado para aproveitar as principais oportunidades que surgem nesse momento de transformação.
Estude com a Lousa e posicione-se à frente das mudanças, identificando e explorando as melhores estratégias para seus clientes em um cenário tributário em constante evolução.
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