A mentalidade que nos move adiante
Para além do recorte geracional, o que realmente nos diferencia?
Em Tempos Modernos (1936), Charlie Chaplin retrata de forma brilhante a alienação do trabalhador na era industrial. Seu personagem, preso em uma linha de montagem repetitiva, tenta se adaptar ao ritmo mecânico das máquinas, até ser literalmente engolido pela engrenagem.
O filme não fala apenas sobre trabalho, mas sobre o que acontece quando ele se torna um fim em si mesmo. No embate entre eficiência e humanidade, Chaplin nos lembra que ser produtivo não é o mesmo que estar presente — e que há uma diferença entre cumprir uma função e ocupar um espaço com significado.
De lá pra cá, eras se passaram. O mercado de trabalho mudou. Mas alguns dilemas continuam. Agora, a Geração Z, nascida entre 1997 e 2012, em um mundo hiperconectado, é centro de um debate sobre rotatividade no mercado.
Os dados de pesquisa conduzida pela Intelligent.com, plataforma especializada em insights sobre o futuro do trabalho, são alarmantes:
→ 75% das empresas relatam que alguns ou todos os seus recém-formados tiveram desempenho insatisfatório em 2024;
→ Seis a cada 10 companhias recentemente demitiram um recém-formado contratado naquele ano;
→ Nove a cada 10 gestores dizem que aqueles que acabaram de sair da faculdade devem passar por treinamento de etiqueta.
O verdadeiro desafio não está apenas nos problemas de formação, mas na forma como encaramos o trabalho, o aprendizado e o próprio crescimento.
O risco de qualquer análise geracional é a superficialidade.
Criam-se caricaturas: “os jovens são instáveis”, “os mais velhos são resistentes à mudança”. Mas quando deixamos de lado os rótulos e olhamos para a estrutura, percebemos que não é sobre idade, e sim sobre mentalidade.
E a mentalidade empreendedora — aquela que antecipa problemas, que busca crescer com o que tem, que se coloca como parte da solução — não pertence a uma geração específica. Ela pode ser desenvolvida, treinada e aprimorada, independentemente da idade.
Carreiras consistentes se constroem com um bom currículo (sim!) e um grande desejo de avanço. É ele que nos faz ir em busca de uma mentalidade que realmente faz a diferença.
O que torna um alguém insubstituível no mercado?
A mentalidade empreendedora não se resume a abrir um negócio — ela se reflete na forma como alguém assume responsabilidades, enxerga oportunidades e gera valor no que faz. No mercado, isso se traduz em profissionais que não esperam direções o tempo todo, mas buscam soluções, aprendem rápido e se colocam como parte do movimento.
O diferencial está em como se age diante dos desafios. Os que desenvolvem essa postura se tornam indispensáveis, não por um cargo ou um diploma, mas pela relevância do que oferecem para além do próprio conhecimento técnico. Afinal, uma mentalidade de crescimento é libertadora.
E essa possibilidade de se tornar insubstituível está ao seu alcance, basta começar e não parar.
Meu objetivo na Lousa é mostrar, a partir da educação, que há caminhos para todos que têm esse desejo.
No novo episódio do nosso podcast, o Pequeno Expediente, questiono os limites: qual é a justa medida? Como equilibrar presença e ausência, silêncio e expressão, esforço e descanso? Como conquistar o que queremos e qual a dose certa para alcançá-lo?
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